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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Rosa que Floresce do Sangue

Livro Perdido

A Rosa que Floresce do Sangue


Autor Desconhecido

Comentário do Editor:
 
Esta é uma história tida por muitos como um conto de ficção escrito para atrair as atenções para Freya, a deusa do amor e da beleza. Se ela se originou dos registros de um aventureiro, ou de uma canção triste dos bardos, não temos confirmação. Seu título é desconhecido, e o escrito original não foi encontrado.

Este conto é sobre dois grupos que lutavam pela deusa Freya contra Odin, e narra as proezas de uma heroína escolhida pelos deuses, de forma similar à nossa papisa, escolhida por Freya. A religião é um tema predominante nesta obra, tornando-a significativa aos leais seguidores de Freya. Decidimos preservar o que resta desta história por ela ter um valor cultural grande demais para ser esquecida, e nos esforçamos para escrever uma reconstituição fiel da versão original. Esperamos que nossos leitores apreciem nosso esforço por atingir uma precisão histórica, e aproveitem esta história.
 

Volume I

- Departamento Editorial

1. Esta terra, antes coberta por um gramado muito verde, agora expelia fuligem para os céus. Era difícil saber se as nuvens negras que cobriam o céu eram cinzas da guerra ou sinal de chuva. Uma espessa neblina cinza que cobria o solo parecia fluir por entre a massa de soldados envolvidos na batalha intensa. Eles brandiam suas armas com um fervor assassino, pisando sobre os companheiros caídos cujos corpos haviam se tornado parte da camada de fuligem que cobria o solo.

Os seguidores de Freya acreditavam que sua causa era justa: eles vieram a esta terra, trabalharam para torná-la habitável, mas os pagãos nativos eram teimosos demais para dedicar suas vidas e sua lealdade à amável e generosa deusa. Naturalmente, os nativos tinham certeza que haviam sido enganados, indignados com esses fanáticos religiosos que haviam acolhido em suas terras, que agora tinham a audácia de forçá-los a se converterem à sua estranha religião. Embora os seguidores de Freya e os nativos houvessem convivido pacificamente por algum tempo, suas crenças conflitantes tornaram a guerra inevitável.

Uma trilha de vermelho vivo serpenteava pelas planícies cheias de fuligem, o sangue marcando o avanço dos soldados. Os trovões e as nuvens escuras no céu sobre os corpos espalhados pareciam protestar contra a violência fútil dos soldados que lutavam.

"Vai chover logo?"

Um jovem sozinho respirou fundo enquanto ajustava o punho da espada. Por quantos dias ele estava lutando? Quando a guerra ia terminar? Ele se encostou em uma carreta quebrada, e olhou para o céu, procurando uma resposta. Tudo o que ele via eram nuvens negras, agourentas.

"Acho que... Vai chover."

"Senia, me desculpe. Eu juro! Por quanto tempo você vai continuar brava comigo?"

"Humpf!"

"Olhe, Senia. Esta rosa acaba de florescer, como eu prometi. Vê? Essas pétalas estão bem vermelhas. Como o rubor do seu rosto, Senia."

Khras estendeu a rosa a Senia, que estava encostada na janela. Ela o encarou com desprezo, suspirando. Mais uma resposta ressentida.

"Você se atrasou de novo. Olhe para o céu."

Mais uma vez, o céu se abriu antes que Khras pudesse chegar até Senia. Era a quinta vez que Khras não conseguia levar para Senia uma rosa recém-florida em um dia de chuva, uma tarefa quase impossível naquela colina árida. Definitivamente, Senia pedia demais dele. Mesmo que fosse praticamente impossível, mesmo que ele desperdiçasse a preciosa água para cultivar aquelas rosas, mesmo que sua família e o povo da cidade pensassem que ele estivesse louco, ele havia feito a promessa a ela há dois anos.

O clangor de armaduras tirou Khras de seu devaneio. O suor frio que corria em seu rosto e o arrepio na espinha indicavam que havia um inimigo próximo.

Ele tentou reduzir a respiração, apertou por instinto a adaga presa em seu punho esquerdo, e então desembainhou a espada silenciosamente. O barulho das espadas chegou mais perto da carroça em que Khras estava apoiado.

Ele estava tão perto! Khras devia surpreendê-lo e atacar primeiro? Ele o havia avistado à distância, e vinha matá-lo? E se fosse apenas um mensageiro? E se ele só viesse dizer que a guerra havia acabado e que ele não tinha mais que se esconder? Espere, não é possível! Khras se retesou enquanto os pensamentos pulsavam em sua mente, em sincronia com o coração acelerado.

A guerra havia perdido seu significado para Khras depois de dias enfrentando soldados ensandecidos se matando sem motivo. Todos pareciam estar gritando o nome do seu Deus, mas era apenas uma matança desenfreada. Esqueça os ideais, as promessas dos deuses. Eles eram animais agora, apenas lutando para sobreviver. Não era à toa que Khras se sentia amargo.

Ele se esgueirou lentamente por trás de uma placa de madeira que havia caído da carroça. O barulho do metal parou, Khras prendeu a respiração e saiu lentamente de trás de seu esconderijo. Ele avistou um homem grande que estava procurando ao longe, mas que parecia não ter visto Khras. O homem então se abaixou até o buraco criado pelo impacto da carroça caída. Khras correu até o homem, segurou sua garganta, e encostou a ponta da adaga contra ela.

"Aliado ou inimigo?" Khras sussurrou, rouco.

"Por que você mesmo não decide isso?"

A adaga de Khras se enterrou o bastante para deixar um filete de sangue correr pela lâmina.

"Responda! Aliado ou inimigo?"

"Por que você não me matou logo?"

Os olhos de Khras se alargaram com a pergunta do homem. Ele poderia simplesmente ter cortado a garganta, mas não sabia por que hesitava tanto em matar o homem. Esse absurdo o deixou com vontade de rir bem alto. Além do mais, matar esse homem não ia garantir sua sobrevivência na guerra.

Depois de uma pausa longa e pensativa, Khras respondeu com sua própria pergunta.

"Por que eu deveria matar você?"

O homem bufou e encolheu de leve os ombros.

"Acho que sei o que quer dizer. Não sei como responder. Essa guerra está sendo travada em nome dos deuses, mas se você quer vencer, você tem que matar seu inimigo mais do que ele mata você. Acho que essas são as regras.

"O homem parou, respirando fundo. Khras não podia ver o rosto do homem, mas podia ver que ele estava se esforçando para não soltar o riso. Khras o apertou mais.

"Vamos. Continue falando."

O homem deu de ombros, e gentilmente tirou a adaga de sua garganta com o dedo. Khras não o deteve, e esperou pelas palavras do homem.

"Para matar o inimigo, você precisa distingui-lo dos amigos. É por isso que temos uniformes, para impedir erros tolos como esse. Não concorda, Khras?"

Khras se sobressaltou ao ouvir seu nome, e deu uma olhada melhor em seu prisioneiro. Khras pôde ver pela armadura que ele era um mercenário. O pequeno símbolo sagrado pendurado do seu cinto marrom, manchado de lama e sangue, indicava que ele estava lutando pela deusa Freya. Certamente eles estavam do mesmo lado, mas como esse homem sabia o nome de Khras? O homem se virou lentamente e sorriu gentilmente para Khras.

"Bem, como ela está, hein?"

"Que... Quê?"

Khras reconheceu o rosto de Beren, e correu para abraçá-lo.

"Pela Deusa! O que foi que eu fiz? Quase matei você, Beren!"

Beren deu um tapinha nas costas de Khras, tentando aliviá-lo da culpa por tentar matar um amigo. Beren olhou para Khras por um instante, e então começou a escavar o buraco usando uma placa de madeira arrancada da carroça. Quando o buraco ficou fundo o bastante, ele aplainou o solo em volta, e cobriu o buraco com a carroça.

Agora tinham o esconderijo perfeito.

Khras olhou para Beren enquanto alisava a lâmina da adaga. Enquanto Beren se sentava perto dele, perguntou em voz baixa:

"Como sabia que era eu?"

Beren sorriu. "Você é o único que conheço que usa uma arma na mão esquerda em vez de um escudo. Tive sorte – se eu não soubesse disso, você já teria me matado. Já faz alguns anos que a gente não se vê, não é? Queria que a gente tivesse se reencontrado em outras circunstâncias."

" é..."

O céu estava nublado demais para se saber se era dia ou noite. O clamor dos gritos e das armas ficou mais distante, e deu lugar ao rugido dos trovões e relâmpagos nas nuvens.

"Acho que vai chover logo." Khras murmurou.

Beren assentiu, e olhou para o céu.

"Acho que a batalha logo vai terminar. De um jeito ou de outro."

"Parece que nunca termina. Está uma loucura lá."

Khras parou, pensativo. "Beren... Você teve sorte de não estar na pior parte."

"Mas... Eu estava no 3o. esquadrão."

" é? Bem, eu..."

Khras olhou para Beren por um instante, e então olhou para o céu.

"Fui eu quem incendiou as planícies enquanto fugia para as cercanias. A plantação tinha um brilho dourado no sol do outono. Agora veja. Reduzi tudo a uma terra arrasada. Eram minhas ordens, era nossa estratégia... Mas também foi nossa perda. Era tão bonito, e eu arruinei tudo."

"De qualquer maneira, acho que tivemos sorte de não lutar com aqueles malucos da colina do outro lado. Eles ainda estão lutando, mesmo sem chance de vencer. Uma total idiotice."

Khras piscou quando os primeiros pingos de chuva caíram em seu rosto. Os clarões dos relâmpagos e o ressoar dos trovões vieram com força total, abrindo caminho na chuva torrencial.

A chuva surrava o chão, espalhando as cinzas, dissolvendo a poeira em um vermelho vivo. Beren assistia à chuva em silêncio. A cor o lembrava de rosas, e uma antiga lembrança veio a ele.

"Khras? O que aconteceu com ela? Sen... Era o nome dela, não era? Aquela com quem você fez uma promessa estranha."

"O nome dela era Senia."

"Senia, isso mesmo. A que fez você prometer levar rosas frescas na chuva?"

Khras ficou um pouco confuso. Aqueles tempos felizes estavam tão distantes. Ele sorriu para si mesmo. A guerra não era tão importante, no final das contas. Ele se sentia melhor pensando no que realmente o fazia feliz. Os pensamentos de Khras se voltaram para a bela Senia, de pele tão alva e fresca quanto as pétalas de um lírio.

- Continua

*Esta é uma obra de ficção; qualquer semelhança com personagens e eventos reais é mera coincidência.

____________ 


Volume II

"Khras! Khras!"

Khras estava empoleirado sem muito equilíbrio nos galhos das árvores, se esforçando para amarrar as pontas de uma lona e formar uma barraca improvisada. Ele olhou para baixo para ver Senia acenando para ele, seu cabelo loiro balançando ao vento.

"Senia! O que está fazendo aí fora?! Você vai pegar uma queimadura. Volte para dentro!"

"Khras! Você nem se lembra que hoje é o meu aniversário?"

"O que acha que estou fazendo, Senia? Estou arrumando uma sombra para você poder vir para fora aproveitar o ar fresco."

"Está demorando muuuito, Khras! Não quer ficar perto de mim?"

Mulheres! Às vezes ela pedia coisas demais, mas não podia fazer nada.

Ele a amava mais do que a vida. Khras queria que Senia pudesse andar livremente fora de casa, sentir o aroma das flores e desfrutar de um piquenique à beira do rio. Infelizmente, sua pele era sensível demais à luz, e ela nunca podia ficar muito tempo ao ar livre. Seu cabelo, sua pele, tudo dela era de um branco alvíssimo.

Seu rosto ficava bem vermelho quando sua pele queimava ou quando ela ficava brava com ele. O estranho é que era assim que Khras achava Senia mais bonita.

Senia ria e mexia com as traves da barraca, correndo ao redor da árvore e provocando Khras.

"Por favor, Senia, por favor! Quer parar de mexer com as traves?! Senia, assim eu vou cair!"

Senia torceu o nariz, e ignorou seus pedidos desesperados. Ela então correu para o centro do jardim, onde o sol brilhava mais forte. Seu comportamento tão despreocupado e impensado deixou Khras angustiado. Khras desceu rapidamente da árvore, e chegou ao chão bem a tempo de ver Senia desmaiando. Ele correu para junto dela enquanto tirava a própria camisa, atirou-a sobre ela, ergueu-a em seus braços e correu para dentro de casa.

Os olhos dela estavam bem fechados, como se a luz do sol doesse em suas pálpebras.

Ela ainda estava bem agarrada aos ombros dele quando ele a deitou delicadamente no sofá. Ele se sentiu culpado: devia ter dado atenção a ela, ainda mais que hoje era o aniversário dela.

Ele esperava que houvesse uma chance de evitar que o aniversário fosse arruinado.

"Senia? Senia, estamos dentro de casa. Pode abrir os olhos agora."

Ela abriu os olhos lentamente em resposta ao sussurro, e sorriu docemente para ele. Seus olhos, em lágrimas, ainda estavam injetados, por isso ele sabia que ela não enxergaria direito por algum tempo. Ela tateou o pescoço dele, enquanto ele beijava sua testa, e então ele tomou as mãos dela entre as suas.

"Senia... Acho que estraguei seu aniversário. Quero compensar. Por favor, me diga. Tem algum pedido especial de aniversário?"

"......"

"O que houve?"

"Oh, Khras... Você não estragou meu aniversário. Mas..."

"Mas o quê?"

"Agora eu posso pedir o que quiser, não posso?"

Sua voz estava alegre como sempre, e Khras ficou feliz em ouvi-la de novo. Ele segurou o mindinho dela com o seu.

" é claro, Senia. É uma promessa."

Senia fechou mais uma vez os olhos, por um instante, e disse:

"Khras, quero uma rosa que tenha florescido com as lágrimas da deusa."

"Vou pegar uma para você, Senia. Eu prometo."

Khras nem pensou duas vezes para atender ao pedido. Senia prosseguiu.

"Vou lhe dar três anos para encontrar minha rosa especial. Ela deve ser bem vermelha, e florescer em um dia de chuva. Você pode realizar meu desejo?"

"Farei isso por você, Senia."

Dois anos mais tarde, a quinta rosa de Khras seria rejeitada. Ele ainda não havia conseguido.

"Hahahaha!"

Beren começou a rir alto depois de ouvir a história de Khras. Ele conteve o riso por um instante, olhou para Khras com olhos incrédulos, e então soltou uma viva gargalhada. Eles riram juntos por algum tempo com o ridículo da história de Khras, e então perceberam como deviam parecer ridículos, os dois escondidos em um buraco debaixo de uma carroça no meio do campo de batalha. Então, eles riram juntos de novo, com o ridículo da guerra.

"Khras! Hahahaha!!! Então, (ofegante) você atendeu ao desejo dela? Ahaha!!

Khras parou de rir e baixou a cabeça, desapontado.

"Os três anos estão quase no fim, e o inverno está chegando. Ainda não fiz o desejo dela se tornar realidade."

"Oh... Ainda não?"

"Bem, pelo menos estou vivo. Quero voltar para casa, voltar a cultivar rosas."

Khras sorriu para Beren.

"Hahahaha! Bem, sinto muito. Mas acho que você não vai poder atender ao pedido dela."

"B-Beren? O que--"

A espada perfurou seu estômago, e ele sentia o calor do próprio sangue. Ele achou que era como se o calor da vida o deixasse. Khras encarou Beren, estupefato.

"Por que ele estava fazendo isso?"

Beren empurrou ainda mais a espada.

"Os únicos vencedores da guerra são os sobreviventes. Você sabe disso. Desculpe, mas você acaba de perder."

Khras tossiu sangue, e olhou para Beren, esperando uma resposta.

"Você... Mas você está usando o símbolo de Freya!"

Beren tirou um belíssimo pingente dourado do casaco: o símbolo de Odin. Ele então o devolveu ao bolso cuidadosamente, arrancou o símbolo de Freya de seu cinturão e o colocou em uma bolsa. Khras ficou pasmo de horror: Beren estava colecionando os símbolos de Freya de suas vítimas. Até mesmo o cinto que Beren usava estava manchado com o sangue de suas vítimas.

"Todos vocês confiam tanto em mim quando uso essa coisinha no cinto. É fácil demais!"

Khras segurou a espada que penetrava em seu estômago com a mão direita, tremendo, e tentou alcançar a garganta de Beren com a outra. Era em vão: sua firmeza se perdia junto com o sangue. Seu corpo estava ficando mais frio e pesado, e sua visão se embaçava. A morte era iminente.

"Alguma vez, quando nos conhecemos, eu disse que adorava Freya? Sinto muito você ter cometido o erro de adorar Freya. Sinto você ter cometido o erro de amar uma garota tão tola."

O cinismo de Beren não incomodava tanto, mas Khras queria saber por que Beren o havia traído. Beren entendeu a incredulidade no olhar de Khras, e sentiu um pouco de remorso. Ele havia trapaceado: o mínimo que podia fazer era contar a verdade antes que Khras morresse.

"Você pode pensar que traí você. Pelo que vejo, nunca fomos amigos para começar. Vocês tomaram nossa terra. Depois, nos forçaram a negar nosso deus Odin, e jurar lealdade a Freya. Falando com você agora... Admito. Você é diferente dos outros. É mais sincero. Mas... Não vou arriscar. Tivemos uma ligação, você e eu, mas... No fim das contas, estou do lado do meu deus."

Khras olhou para Beren, e de alguma forma parecia satisfeito. Beren segurou firme a espada por um instante, desferiu-a para o lado, e tomou o símbolo divino de Khras. Ele o segurou suavemente nas mãos. Depois, colocou-o no bolso.

"Em nome de Odin."

Seu sussurro sufocado foi abafado pelos trovões. A água da chuva se misturou com o sangue de Khras, e se espalhou pelo chão. Em seus últimos instantes, Khras pensou em Senia, e implorou à deusa para ajudá-lo a cumprir sua promessa.

Senia estava sentada junto à janela, assistindo à chuva. Não era uma chuva de verão comum, e a neblina cinza dos céus cobria as copas das árvores. Senia ficou assombrada ao olhar melhor os pingos de chuva que caíam. Eram pétalas de rosas caindo do céu?

Ela correu para fora. Ela não tinha notícias de Khras há meses, e estava esperando tanto que ele voltasse.

"Khras! Khras?! É você?"

Ela correu freneticamente, percorrendo o horizonte com o olhar, em busca de algum sinal dele, e salpicando os pés no chão molhado.

Uma pétala de rosa vermelha caiu aos seus pés. Ela olhou para cima, e viu milhares de belas pétalas, vermelhas como sangue, caindo suavemente. Seus braços se estenderam em direção ao céu. Uma única pétala pousa em seu dedo, se derrete em uma gota vermelha que escorre por seu braço. Senia cai de joelhos, o rosto escondido nas mãos, e chora. Khras se foi, e as lágrimas de Senia se misturam com as do céu. As pétalas de rosa giram ao seu redor, fazendo a garota de pele alva parecer uma bela rosa vermelha, florescendo solitária na chuva.

*Esta é uma obra de ficção; qualquer semelhança com personagens e eventos reais é mera coincidência.

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